domingo, 20 de março de 2011

Era uma vez Obama...

Era uma vez Obama. Obama era presidente de um importante país no cenário mundial. Mas Obama não era um presidente qualquer, era o primeiro presidente negro daquele país. Na verdade Obama era o presidente mais "Pop"do mundo, todo mundo gostava dele, tinha simpatia por ele. Em sua primeira viagem ao Brasil Obama se encantou com o país, e descobriu que tinha muito em comum com o povo brasileiro, mais do que isso, ele se sentia brasileiro.
Os dias foram passando, Obama foi cumprindo sua agenda presidencial, e sentindo um aperto no coração em ter que deixar esse país onde ele realmente se encontrou. Obama não queria ir embora, precisava ficar aqui, e fez o que parecia impensável, abriu mão do cargo de presidente e mandou um sósia em seu lugar. Obama se mudou para Itanhaém, e ficava o dia todo na praia vestindo quase sempre bermuda, chinelo havaianna e uma camisa do flamengo. Aprendeu a falar português rapidamente e sem sotaque. Pela manhã dava uma corridinha pra manter a forma, a tarde costumava bater uma bolinha na praia, e de noite costumava ficar até tarde tomando cerveja e rabo de galo numa roda de pagode, em um quiósque em frente a praia. Para Obama a vida era aquilo ali. Adotou o nome de Gilmar, ou simplesmente Gil como era mais conhecido pela região.
Muitos anos se passaram e ninguém nem imaginava que Gil, o meia esquerdo mais habilidoso da praia, num passado já distante havia sido presidente dos Estados Unidos. Uma vez, entre um gole e outro, tentou contar sua origem.

-Marquinhos, tenho um segredo pra te contar.
-Que foi Gil?
-Na verdade meu nome não é Gil, nem Gilmar, aliás nem brasileiro sou.
-Que porra é essa Gil? Pra cima de mim?
-Me chamo Barack Obama, sou americano, e costumava ser presidente até visitar o Brasil e me encantar com essa terra!
-Barack Obama?!?
-É..."Yes we can!", lembra?
-Americano? Com essa tua cara de baiano Gil? Vá se catar...

terça-feira, 15 de março de 2011

Jorge Era Detetive

Jorge era detetive. Detetive particular, não detetive americano. Detetive americano tem carrão, mete bala em todo mundo e no final ainda fica com a mocinha. Detetive particular anda de ônibus, foge do marido infiel da contratante e no final pega no máximo um pastel, fiado é claro.
Há muito tempo atrás Jorge teve uma secretária, Margot, que apesar de não ser muito inteligente também não era nada bonita. Jorge demorou seis meses para perceber que sem clientes, os serviços da jovem não eram necessários. Jorge deve quatro meses de salários para a moça. Quatro meses e quinze reais, que pegou emprestado com a funcionária para saldar uma antiga dívida com o sapateiro, que inúmeras vezes colou a sola de seu sapato preto de bico fino, e quem já ficou devendo a um sapatateiro sabe que não se deve dever a um sapateiro. Um sapateiro é capaz de qualquer coisa...
Jorge era detetive. Não era nenhum Sherlock é claro, mas também nunca deixou de resolver um caso sequer, até porque, era necessário antes de mais nada, ser contratado para o caso. E Jorge nunca foi. Alguns grandes detetives fazem cursos e mais cursos, outros porém tem o talento nato para investigação. Jorge era diferente, tinha sensibilidade, sentia que o cobrador vinha chegando com a conta do aluguel e se escondia. Não se escondia por medo, mas sim por profissionalismo. Passar despercebido é parte importantíssima do trabalho de um detetive. Jorge era detetive.

Papo Cabeça

Dotô Lula e Dilmão batendo um “papo cabeça” entre um péguinha e outro.

-Sabe Dilmão, cê não deveria se expor muito na mídia, pode fazer mal pra sua imagem. Deixa isso pra quem entende.

-Fica tranqüilo, só fui ao programa da Ana Maria, ninguém assiste aquela bosta.

-Mesmo assim tem que tomar cuidado. Aquele papagaio, eu tenho certeza que é um tucano disfarçado. Cadê o isqueiro? Apagou o negócio aqui.

-Tá aqui. Bico de gelo presidente?

-Nunca na história desse país que deixei apagar um baseado, acho que a aposentadoria tá me fazendo mal...falando nisso, erva boa, conseguiu com quem?

-Ah essa é especial, coisa fina, lá do Maranhão, Sarneyzinho que arrumou.

-Por isso que faz tempo que ele tá em todas, entra presidente sai presidente ele tá sempre lá.

-Presidenta, agora é presidenta.

-Veja bem Dilmão, cê tem que parar com essa viadagem de presidenta, imagina se agora neguinho quiser ser chamado de “dentisto” em vez de dentista? Comé que fica?

-Fica do jeito que eu quiser, quem manda aqui agora sou eu! O senhor não se intitulava “O filho do Brasil”? Pois bem, eu agora me intitulo “A mãe do Brasil”.

-Cê que sabe, só não vá reclamar se falarem que brasileiro é um povinho bem filho da puta...